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Poesias-->69 -- 27/01/2005 - 03:37 (Poeta Maldito) |
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Minha glória é esse cansaço.
Esse caldo grosso
Que escorre da minha chibata.
Em que lombo ela tomou sangue?
Minha glória é poder dizer que tentei.
Mas disso já me canso.
Disso não tem alegria.
Eu vi que um ar quente
E um cheiro doce
Sai de teu quarto.
Meu quarto é inodoro.
Minha grande glória foi te escutar.
E na tua voz encontrar conforto
Do medo.
Minha grande glória,
Foi minha cela.
A minha forca é de seda.
Quase não sentes espremer-te.
Minha glória é saber
Que essa estrada é longa.
E que meu cansaço é minha obra.
É saber que não sei ver
Meu ponto de chegada.
Mas meu trunfo,
Não será minha glória.
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