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Poesias-->DESCOBERTA -- 08/01/2005 - 15:00 (Morgana Meirelles) |
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DESCOBERTA
Eu, estranha de mim,
Em silêncios, apelos e medos,
Navegando em veias adversas
Descobri que em vez de única, sou diversas,
No silêncio de trevas ou na dor da espera,
Sou composição alarmada de mim
Algemada na face da fera,
Que a vingança desperta
Com gosto de guerra
No apelo que grito
No espaço noturno, leito de sonho,
Sou anjo ou demônio,
Na canção que componho,
Ou no vazio medonho que jaz em abandono
Mas quando o brilho veloz do amanhecer
Me faz renascer no medo de te perder,
É que descubro, sem querer,
Que não posso me descrever
MORGANA
Rio de Janeiro, 08/01/05.
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