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| Poesias-->VÔMITO! -- 18/11/2000 - 13:54 (Marcello Shytara) |
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VÔMITO!
Bebo sal e ainda assim tenho náusea
Vejo a aura das pessoas de direita e fico com náusea
O tempo ainda marca e me da náusea
Nesses dias de 68 com 2000 continuo com náusea
Faço-me Freud ao ver a sociedade e vomito!
Penso como Brasília e faço vômito!
Sou o sindicato diversificado e tenho vômito!
Um trabalhador rural e só há água em meu vômito!
Marx se foi e herdei suas náuseas
Lênin me deixou um legado...Que o tempo me fez vômito
Vi Che curvado sem estomago... Isso me deu náusea
Ah que droga! Sou um ambulante vômito!
A mídia me regeu trazendo-me náusea
Comi linhas bíblicas para depois despeja-las em vômito
Rejo a vida quando possível e esse possível me da náusea
Meus amigos não amigos, vomito-os!
Olho esses céus passivos e quero ter náuseas
Para o inferno bem quente mando meus vômitos
Escuto Elis choro e sinto suas náuseas
Junto com o Raul suas palavras vomitamos!
Nos ratos de Cazuza minha eterna náusea
Ainda foi nos sonetos de Cruz e Souza que busquei novos vômitos!
Em Renato Russo quase a minha cura
Na sua ida, minha vida terminal de náuseas!
Puta merda! Meu saco! Quero me vomitar!
Meu EU! Quem será a minha cura náusea?
Shytara
Sampa 18/11/00
Nos tempos de náuseas eternas...
O vômito é a solução para quem vê além do próprio raio de ação.
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