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Poesias-->O presente de cada dia 28/08/00 -- 31/12/2004 - 17:59 (Rodrigo Moreira Martins) |
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A tristeza é coisa presente
Alma, corpo, espírito, tudo ânsia
Quão amáveis são as lembranças
Da noite que dormi em teus braços
Ela é sempre ameaça ao ser sensível
Corta os rios que tentam ultrapassá-la
É vitoriosa de tempos em tempos
Procura lembrar-me que possuo um vazio
Uma senhora mui silente
De um sorriso infantil e felino
Mata a essência da vida
Deixa apenas algo que nem sempre é agradável, vil
A música é sua companheira interminável
Esta faz amenizar as horas em sua presença
Suas armas são sempre inesperadas, cruéis
Meu corpo, de tantas marcas, já aprecia sua dor
Cada vale esconde mistérios profundos
Se são verdes, nem sempre foram sãos
O retorno é coisa próxima à alma
Quanta coisa ainda por ser dita, escutada, vivida
Sou sempre algo diferente de mim mesmo
Não me canso de refletir sobre isso
Gosto tanto do limite de sua voz
Meu coração está de todo tomado pela dor
Tristeza passa ao meu redor
Faz questão de olhar-me nos olhos
Aprecia meu desespero, audaz, sagaz
Ela é dona do mundo, brinda a todo anoitecer
Quase não se escuta seus gemidos
Ao deixar-me grita inaudível
Só para mim, só eu posso ouvir
Voltará em breve, a tortura deve continuar
Um corpo sem tristeza não faria sentido
O belo surge da semente partida, a vida
Comentário certo de quem sente aquilo que escreve
A morte de cada dia produz dor suficiente para a lembrança
Tristeza de muitas facetas
Ronda, ruge, esquarteja sem piedade
Queria um colo bem quente
Justo neste tempo é preciso aquilo que não se acha
O belo sonho de poder entregar flores, presentes
A tristeza ri, escarnece, ausente
Do rosto febril tira a cor
Do amor só traz a lembrança, tristeza.
Peixe Poeta
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