LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->Nosso Abraço -- 17/11/2000 - 20:09 (Márcio Filgueiras de Amorim) |
|
|
| |
Leve contigo a energia do abraço,
que trocamos ao nos despedirmos.
Um abraço que pretendeu ser terno,
mas cuja força revelou calor.
Guardo na memória,
o súbito e expontâneo abrir de braços.
Além do sorriso que te iluminou a face,
quebrando a tensão que ambos sentíamos.
Parta, filho, para teus primeiros vôos,
com teus olhos, qual águia, abertos ao todo.
Conserves a integridade que te é nata,
revelando tua força de leão e candura de cordeiro.
Não percas tua sensibilidade que revelas,
ao piano, trazendo para cá a música das esferas.
Continues tenaz, como até agora,
detentor do segredo de metas perseguir.
Mantenhas tuas braçadas firmes,
percebas que agora tua água é a vida.
Estou cônscio que partir precisas,
romper com o berço, crescer, florescer, frutificar.
Considero uma honra ter te recebido,
como pai e amigo em nossa casa.
Tua casa, agora, aos 15 anos,
é o mundo, o planeta, toda a terra.
Sou te eternamente grato,
por ter me escolhido como pai.
Tanto aprendi contigo,
mais que te ensinei.
Viestes tão pronto, tão nobre,
ao mesmo tempo singelo e altaneiro.
Sair de casa é teu rito de passagem,
siga e voltes quando sentir que é hora.
Não te esqueças deste abraço,
se porventura te sentires só no mundo.
Nossa única dádiva para ti, concluo,
foi te amar tanto e tão incondicionalmente.
|
|