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Poesias-->pedras -- 31/12/2004 - 00:15 (maria da graça ferraz) |
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Pedras
mdagraça ferraz
Nunca são as mesmas
pedras que vejo
no fundo do riacho
No entanto, são as mesmas,
afirma meu irmão ,
voz de desespero:
" Pedras não possuem pernas"
Mas, psiu, ele não sabe,
que, a cada instante,
no mistério do fundo
das coisas, as pedras
são paridas, junto
com meu olhos
As mais velhas,
chegam às margens
E, depois , gastam-se,
tornam-se redondas,
pequenas,
como uma dor aceita
O sonho da pedra
é ser, um dia, plantada,
virar flor
Ou então, quem sabe,
meu irmão não sabe,
é tornar-se pedra
de Catedral:
Banhada de rezas
e de luz íntima
como os meus olhos
quando escontram
um espelho na escuridão
Mas de que vale
um espelho na escuridão?
Psiu, ele não sabe! Meu
irmão não sabe!
Que tudo cabe na mão
quando meus dedos abrem-se
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