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Poesias-->SUBTRAÍDOS -- 27/12/2004 - 03:30 (Morgana Meirelles) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SUBTRAÍDOS



No espelho da tua covardia

Ví minha face refletida e fria,

A congelar a lágrima antiga

Que não dispersa nem denuncia,

A ternura que se abriga

Ao som da nossa cantiga



Submersa nos porões da alma

Emoção menina,

Menarca da paixão,

Que marca o som do coração

Na seda insepulta da emoção,

Imortalizada em verso e canção,



No gris da lembrança

Que desenha a saudade ferida,

Em corcel e lança,

Sei que tua rebeldia balança

No céu da minha bonança,

Em sutil esperança



Só não te quero prisioneiro,

Nem companheiro do meu desencanto,

Prefiro o silêncio que dói e arranha,

Ao canto amorfo que finge que ama



MORGANA



Rio de Janeiro, 26/12/04.



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