Usina de Letras
Usina de Letras
26 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63698 )
Cartas ( 21374)
Contos (13318)
Cordel (10371)
Crônicas (22595)
Discursos (3253)
Ensaios - (10821)
Erótico (13604)
Frases (52149)
Humor (20225)
Infantil (5679)
Infanto Juvenil (5038)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1388)
Poesias (141140)
Redação (3385)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2446)
Textos Jurídicos (1981)
Textos Religiosos/Sermões (6424)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Peças de Solidão -- 23/12/2004 - 08:55 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um homem é feito de palavras e desejos.

Um novo homem não fica parado à espera de um novo tempo.; um novo homem, de palavra, corre atrás dele, e faz seus princípios escorrerem em seu corpo.



O ladrão fugaz e dicidido que vida pode levar? É certo que ele usufruiu paraísos inesquecíveis e parábolas em ilhas mirabolantes e sutis.



Mas é certo também que, um dia a corda arrebenta. Neste dia, ele fica sem palavras e sem desejos. Fica à mercê dos amentilhos do homem.



É um puro fracasso interior decidido e pusilâmine, onde dilata o pior dos sentidos: a solidão.



De que adianta todo o dinheiro do mundo se o corpo vaga como estrela morta e a solidão das coisas o abastece de nervuras onde nenhuma resposta é resposta. E a dúvida da ânsia cresce como os lírios e flores num jardim abandonado?



************



Meu caminho é grasso, mas não é torto.;

é vivaz e compreendido

pelos chegados e aparecidos.

Tenho pouca religião.;

tenho medo do que possa surgir

das estranhas do céu.

Acho que puras e reluzentes estrelas!

Mas quem duvida?

Eu duvido e me amedronta como pássaro,

em arde na chuva

sob pingos ponteagudos.

Não sou eslavo,

nem sei onde fica.

Se tem alguma coisa

que perdi foi a noção

do tempo!

Mas que tempo é esse?

Tempo que me sacobe,

que me força a meditar,

que qualquer vento ameno

me faz derrubar?

Sou ameno,e não grego.

Nunca fui lá, mas sei

de antemão que tudo

nasceu por lá.

Se o tempo me carrega

leva também memórios inesquecíveis

dos outros.

Não sou eu sozinho.

Não carrego fardos ao léu.

De princípio tinha a coisa

de amor e vários sentidos.

Hoje ficaram as lembranças,

o poco do tempo e a eterna

indecisão:

Não posso partir, nem ficar.

Tenho que aguardar

como se aguarda

um trem.

Se ele apitar para mim

é o sinal da cruz!

Hora de embarcar.

Seu tempo chegou:

agora é partir prás nuvens

e saborear lá de cima

a solidão da luz

e o fragor do sol.

Se sou assim, assim sou eu.

Pobre, inesquecível,

mas sitiado por ânsias e

deveres.

ora, meu tempo de deveres

morreu no jardim de infância.

Quando meu pai foi junto.

Quando minha mãe, eternecida,

também resolveu ir.

Suicídio em família?

Os peças de solidão

montandas pelos homens

que encapuzam em mim.

Mas, suicídio em família?
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui