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| Poesias-->Altura dos Sozinhos -- 23/12/2004 - 08:35 (José Ernesto Kappel) |
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Sei que deste amor não escapo,
sei que me leva, e me leva por bem,
feito criancinha de colo sem
lado pra escorregar.
Sei que deste amo não escapo,
sei que ele me leva feito sol,
de meio-dia por sombras de medo.
Tudo isso porque:
se o tempo vai em dois passos
recuo, de bravura, meia-légua
de distância, sem ressalto.
Amor, amor de verdade
não existe mais.
Achar,pior ainda e
vivê-lo só de martírio
E neste bar de dez cadeiras
à luz de mafuá e garçons
de brinquedo,
sentam dez voluntários,
que procuram vida
fora dela,
e não mais vida
dentro dela.
Escorre em mim o tempo da bravura,
onde os solitários se escondem
na fumaça.
Onde os solitários se maculam
por cada copo sorvido
e, pelo mundo,
o tempo vai morrendo na hora
dos sozinhos.
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