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Poesias-->Sou Vago e Alto -- 23/12/2004 - 07:58 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
sou alto

e vago,

corrente

quem sabe?



cheio de ternura

tomado de claros

e escuros,

que formam

figuras.



que me amarguram

até o fim-do-mundo.



hoje, se já me vou,

vou sozinho,

cantando árias

de dom bosco!



valham-me

centavos!



mas me levo

nessa barca,

dos sem vida.



nem que tenha

de barganhar

minha honra

por só um

retrato

dessa

moça,

que me arfou

de ternura.



mas isso arde

e dói.



por isso vou,

e vou sozinho.



na ida,tudo bem,

os calistos

me dão

à mão !



na volta,

é

história de

sabão.



lá,vagamente

me chamam

de antônio,

e vira prá cá,

e sacode prá lá,

na hora incerto

chamam

sempre seu tonho

pra ajudar.



disperso

dos bons,

e me junto

ao da trilha

dos

sem pai.



os bons

já sabem o

caminho

da noite.

mas o maus,

mal sabem

a trilha

a pelejar.



por isso,

mesmo daqui

há cem

natais,

quando tudo

cansar,



saio eu da velha

noite,

e avanço,

qual fanstasma,

nas minhas

lembranças,

que, ainda

em vida,

morreram

e nada

deixaram

pra pouco

pra me

acalentar.



viva mariam!

salve seu tonho!



de dois em dois

fazemos

um parar

de completa,

árdua e nesga

solidão:



desssas, repleta

de choro e

lágrimas.



mas sempre

cercada

por corrimões,

escadas,

trilhas,

e fotos,

da bela moça

de saias,

que um dia,

por dizer não,

armou minha

vida na casa

dos

sozinhos.



sou parte

dos que

chegam.



vou devagar,

trilho

o próximo,

vergo

sua força,

mas temo,

que, por mais

queira,

tal amor,

é vesgo

e por tal

perco.



tal amor

é pra gente

de dengo,

que é feliz,

pois tem

aprontos

no colo dos

deuses.



é quando me

perguntam

porque fiquei



digo lá:



fiquei

sem alvo,

por amar,

mais me

deixaram

à toca da

seara,

na casa

dos calvos.



fiquei

e mais fiquei!

mas, juro lá:



um dia, quando

o dia esbravecer

e escurecer mais

cedo - só para

os notáveis,

juro e juro já:

me escondo dentro

da noite !



tenho vagas

à dispor.

vagas

cobertas

pela

semi-escuridão

da noite,

árida

dos sozinhos.



tenho vagas,

e certo

tempo,

para

acolher,

os que

chegam

e o que dela

partem.



todas fazem parte

do meu espírito

que vive o caos,

de meu sentimento

que clama luz,

do meu viver,

atolado de

lembranças

e sombras.



daqui, nunca mais,

prá frente

já fui demais !



hoje é meu dia

de procurar

vagas,

em corações abertos,

ou semi-feridos,

que acolham

um pedaço meu,

do meu sozinho,

que pelo espaço

da vida

- jaz -

e morreu !



e, por fazer parte,

ardo e contento,

num brilho fosco,

vou à baila e

danço árias de

dom bosco!
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