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| Poesias-->Faz Igual ao Cedro -- 22/12/2004 - 09:32 (José Ernesto Kappel) |
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Faz Igual ao Cedro
Faz de conta que é céu,
faz de contas que é purpurina.;
relaxa seus sonhos dengosos
nos ramos que principiam a
nossa
primavera.
Faz de conta que é verdade,
que mentiras só fazem larguras,
que a medida das coisas
é um copo simples, cheio
de água e vinho.
Faz de conta que tudo
é parte de uma coisa só.;
que a solidão só ficou mais densa
e descabida.
E faz um guarda-roupa bem
americano.
E evite cidades
mexicanas!
Faz de conta que ontem
não passou.;
que a noite entrou pelo
dia.;
faz chacota de criança
sem berço,
e mergulha no corpo,
o milagre de
nossas vidas.
Faz de conta que é o cedro.
Faz de conta,faz meio-termo
mas não faz desfeita
nem levanta muros perfeitos!
Faz de conta que é o cedro!
Mas, agora, que se foi,
deste trem, ninguém parte,
mesmo que fumaça faça,
mas ninguém sai.
A luz das almas
de dois berços.;
só sai com reza
e com o sal da terra.
Se não acredita
dou uma pista:
sou oferecimento
coisa dada e
roupa de varal curto.
Sou de cedro apaziguado!
Se não acredita,
grita por minha mulher
e vai descobrir
que ela mora
bem perto da abóboda do céu.
Que tudo foi passageiro.
Bem de repente.
Igual a um cedro.
Argila quase profana, mas
agora benfeitoria dos anjos!
Só, foi pro céu,
e deixou âncoras de amor
nos comodatos
e desesperos de minha
saudade!
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