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Poesias-->Berço do Manuseio -- 22/12/2004 - 09:28 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sou de berço,

de manuseio popular,

armado em frente à pracinha

colorida,

cheia de presépios

e armaduras de doces.

Sou de berço,

bem nascido

e sou sempre

bem embalado.

Pelos cristãos ou árabes,

sou dispositivo de carinho

e, por nenhum vintém,

ninguém me ousa vender.

Sou de berço,

tenho almofadas,

carimbados de borracha

e roupas felizes.

Sou de berço

bem criado,

espelho dos avós,

amante dos pais,

dispostos à visitas

de parentes e amigos.

Sou bem regulado

e ali vou crescer

angulado

de fantasias e mergulhado

em sonhos de anjos,

onde uma linha invisível

me divide

do mundo e a

a calibragem dos maledicentes.

Sou de berço,

mas agora,

bem crescido

só visito outros,

que também possuem

berços.

Faço carinho e corto

de amor sua paisagem.

Mas eu, crescido feito horto,

olho prá trás e pergunto:

Cadê meu berço?

Deus -

num dia de linha d água

e muito talvez de mau humor -

quis que eu não o tivesse.

Tivesse sim, missão muito simples:

só embalar o dos outros.

Pobre, minha mulher,

que morre de sonhos!

Sem berços próprios

Berços dos

próprios filhos !
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