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Poesias-->Cerca de Farpo -- 20/12/2004 - 10:02 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
lá onde

rosinha mora

- nossa roça -

tem vendinha

do seu manuel

que vende

cal e cachaça.



cal para os

que foram

e pinga

para amainar

os

tem medo de ir.



foi lá que

falaram mal

da rosinha.



um homem sem

estrutura,

mas de

estatura,

começou

a dela falar

mal,cheio de

textura

descolorida,

e abonado

por aparente

loucura!



inveja de homem:

aquele que

só quer

comer

de colher !



não tive dúvidas

de amém,

parti prá

cima dele

que, de um

safanão,

me dispos contra

a parede.



separa a briga

de dois romanos

alquimistas:

estamos em luta

na biga que leva

rosinha de enfeite.



pode ser que eu seja

fraco, mas uma coisa

sei.



por zeus ! que sei.



a honra da

mulher tá lavada

enquanto eu me recobro

de meus doloridos!





rosinha mora

em casebre

de palha,

lá na nossa

roça.



tem vestido

de cor

e comida de

mesa.



nada lhe falta

a não

ser um pouco

de cultura

fácil

de jornal.



mas já desisti

disso:

ler ela não

aprende,

mas

recitar

o faz com

dengo.



oras!

já tive amor

firme,

destes,

mas é

igual à cimento

duro !



pode rachar

mas não quebra.

é amor

de matar!



meu ammor

por rosinha

é assim:



divertido

e cheio

de graça.



pirilampos

de festa,

romeiros

de esperança que

podiam

até ser benditos!



nosso amor

não desanda

igual aos

mancos.



é rocha

sem lasca,

é sombra

na cocheira,

é biga de rei

em tempo

de

verão,

onde costuma

faltar

a lei.



por isso,

cá, já

resolvi:



quando morrer

deixo pra rosinha:

um pasto de éguas,

uma bebedouro de

touros,

uma alavanca

de puxar,

uma escada

pra descer,

um vento

pra colorir

de branco,

com

os cabelos delas

empesinhados

de ternura,

e um prado,

com sol poente.



além de

um verso

de agrado,

pro seu

sentimento

cristão:



"bela rosinha

quando vou a ti

revivo meu amorsinho,

cheio de carinho

pois você é

o início e o fim

de minha vidinha. "



ela gosta,

e quase

chora

de minhas

rimas

bem poéticas!



rosinha

é coisa

do vento:

bicho-mulher,

papa-léguas

de todo sexo.



um dia aqui,

outro, diferente.



Se toda rosinha

fosse amor-perfeito

eu já teria uma

duzia de

jardins.



Rosinha marca

as horas:

vinte prá cá,

vinte prá lá.



Depois disso,

ela conta

os centavos

e eu vou

pro lavabo.



amor eterno

dá nisso:

sempre termina

em terreiro

ou se lavando

nos banheiros !



sou cozedor

de paixão:

destas

que dão

de repente.



e, de igual,

fica tudo no

pazedouro!



rosinha é

fruto disso:

me faz tresloucado

de amor puro.



digo por ela,

digo por mim:

igual a rosinha

não tem.



pena,

pena...



rosinha,

que nosso

amor é visto

como palha seca:

e é pago

nos costumes da lei:

recebeu, deu,

e tudo em mim

onde tudo se

afloresce.



amor de roça

é assim,

sem troça:

mulher de todas

é muito mais

minha

do que qualquer

homem touro!

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