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Poesias-->Carne -- 18/12/2004 - 19:17 (Sirlei ) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Carne



Na sombra do estio a pele morna

Como a úmida figura do esteiro

Resplandece na terra do outeiro

Quando a fugidia luz a ela retorna





Sob o olhar do encandeado fano

Escaldante como o sol do agreste

A carne de pele se reveste

Dando peso ao que era leviano





Como carne, a carne morre

Na historia que o poema lavra

Renasce na carne da palavra

E no criador que nela sofre







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