Usina de Letras
Usina de Letras
29 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63698 )
Cartas ( 21374)
Contos (13318)
Cordel (10371)
Crônicas (22595)
Discursos (3253)
Ensaios - (10821)
Erótico (13604)
Frases (52149)
Humor (20225)
Infantil (5679)
Infanto Juvenil (5038)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1388)
Poesias (141140)
Redação (3385)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2446)
Textos Jurídicos (1981)
Textos Religiosos/Sermões (6424)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Hora de Descida -- 16/12/2004 - 07:59 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Enquanto vagar, há estrelas

E elas não consomem mais do que

um pequeno pedaço de você.



Enquanto dono de algum reino

- mal reinado sem flores -

você fará parte das avenidas e ruas

semi-cobertas de vazios!



E tente passar por essas ruas crisadas,meiadas com ameaça de fogo eterno e de esperanças tão ralas

que mais parecem chocolate de criança.



Enquanto isso, não tente esconder nada,

enquanto isso se esconda por entre tijolos entrelaçados

ou faça escorrer de seu corpo como magias de circo.



Não há ninguém à sua volta!



Os que existiram, deixaram de ser

-prá que não sei -.

Se vieram, vieram prá alguma coisa

Senão prá chorar, ou rir,

ou prolear filhos, ou dançar-mulheres

ou fazer roda num tempo

que nem a folhinha - cansada - marca mais.



Se veio, veio prá alguma coisa

Não foi só prá beber e comer,

dançar ao véu de estrelas

ao morenar ao surrupiar do sol.



Se veio, veio prá quê?

Prá ver o tempo passar?

Prá fazer agenda,

prá não fazer nada

e depois ser informado

que você jogou com a falência

de dois rumos:



O primeiro foi instalar sua vida numa cabana

de princesas.;

O segundo foi procurar uma rua de domicílio

e fazer dele uma suite quase eterna.



A qualidade de meu atendimento continua péssimo.



Não sei mais entender qualquer coisa

- e diga lá - coisa coisa que se mova:

Até prédio visuais se locomovem ao suave ao tempo

que, diga-se, não apráz e a nada leva.



Se hoje é dia de comprar é

Dia de festa

ou de roda,

ou de presentes em promoção de

aniversário, é sempre bom se afastar

e procurar cativeiros patrimoniais

onde mulher não entra,

mulher não sai

e homens se matam!



Se cascalho amêndoas

vejo as horas - e elas

já passaram.



Grito por todos

e todos se mudaram prá outro canto de ninguém.



Não há mais canção e se tivesse não seria de

encantos. O tempo se foi - diga-se lá!



Para reencontrá-lo tenho que mortificar minha

eternidade,

barganhar com os céus.



Troco tudo por dois pequenos minutos

de minha infância.;

dou todos os pertences maltrapilhos,

por 3 minutos de ser criança e dois por reviver

nadar em juventude.



Mas o tempo é cruel, não barganha, não troca,

não quer.



Faço então, com toda dignidade, que me lastra

e me impõe, vou atrás dela.



E para isso basta fechar todas as portas - e que o sol não entre..



Feche os olhos e só pense nunca coisa:

A ida não tem volta!

O ficar amua e solta

arreios de medo de virar

de uma hora para outra

assuntos risonhos dos mortuários.



Mas se tenho que ir,

que seja agora.

Cinco horas. Hora da descida.

Na falta de milagres, ora de ir,

prá bem longe e deixar o corpo

de vintém aos que em mim,

algum dia,

devotaram perdão.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui