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| Poesias-->Feituras de Papel -- 09/12/2004 - 09:26 (José Ernesto Kappel) |
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Apesar de ser difícil,
consideravelmente difícil,
tão difícil que morre de
dar dó,
sigo meu caminho orvalhado
de pedras e trilhas,
procurando luzes que perdi
horas que sobrevivi,
tempos idos,
remorsos de homem.
Por falar assim parece que
até onde onde não fui
já andei.
Dito assim surge a louca
idéia de que a probreza
espiritual,
a comonidade carnal
a voluptosidade do dia-a-dia,
são fatos corriqueiros
e de todo possível
de sobreviver
dentro do meu caos.
Que até hoje nem nome deram!
Mas não é ruim assim:
já fui até de vesgo
e indiferente,
particular,
falho de amor,
correndo de uma lado
prá outro,
com grilhões grudados aos pés.
Até lá escravo pareço - bem pensando!
Apesar de não ser coisa
para se falar em família,
pois família não é bem de ligar
prá correntes ou elos,
a não ser que haja vintém,
em algum centenário.
E por mais não dizer,
isso tudo, é prá remoer
uma pouco das horas,
do além tempo,
que até hoje,
impávido e corcel nada mais fez
do que me me levar sempre para o escuro
cujo nome é pai.
E ,agora, perguntem se tem alguém mais
largado do que eu. Aquele,
- Feito de papel?
Se é de pouco que
falo, digo de mim.
Se mal ouço eé senão
não dizem.
E se escorrem próximo a mim
a procura da voz ou do
corpo badalado e avulso,
é porque sou sempre
da vez.
Não adianta - nem
se colorido fosse -
dar nome ao vulto,
impávido,corcel,
e que não leva susto.
Levar até que leva.
E emprerra!
Sou de dois lados.
O primeiro não existe -
é cetim afemininado - o outro
poderoso jugo dos senhores,
é feito de brasa pura e
pó de fogão morno,
aquecendo ladrilhos,
pedras,
urgindo orvalho e só pedindo
aos que me ouçam:
levem daqui,
levem prá longe,
este odor perfumado
que até hoje me é alado! |
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