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| Poesias-->Concertina Sem Maestro -- 08/12/2004 - 08:31 (José Ernesto Kappel) |
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Você passa como
fogos de artifícios,
lampeja e depois morre
nos campos de lua.
Você passa no fundo
do baile,
e faz a orquestra entoar
um pouco de lírico -
coisa que abasteceu de
vida - nossas mãos
até ontem - dia de vinténs.
Você é fraca,
depois é forte,
você é luz
e derradeira paixão.
Você entoa a flauta
e a arca.Você vem do
outro lado do bem,
das casas dos arautos.
Você reflete a água límpida,
e arqueja-morena, ao sol,
você vive duas vezes,
mas, em nenhuma delas,
quis, sequer,
ficar perto de quem te
inveja!
Sou eu, por perto,
rondado suas saias
e suspeitando do que
nosso caso nunca
foi de eterno amor.
Eu dou passos prá lá,
e você dança eufórica e já,
no sonhos do coração
do partido de amor e sem canção
Já não sou o vigor dos eternos,
sou passo fundo,
que chafurda na lama,
esperando um dia,acabar,
esperando um dia, começar.
Se a flauta entoa
então já sou canção
de despedida, e resto
da nota vespertina dos
pássaros
esquecidos, nesta
concertina manhã
sem maestro ! |
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