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| Poesias-->Se Bem Que é Verdade -- 08/12/2004 - 08:22 (José Ernesto Kappel) |
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Saturnino de presença,
lua por angústia,
sol por desespero.
Soma-se este condado celestial
e desagua-se numa avenida
de desesperanças.
São assim meus dias
Ah! , dias sem volta!
Que poucos retornam
e lá avisam, com desdém,
se nascer ,vai
espairar pelo mundo!
Se já não sou geografia prá tanto,
e pouco aprendiz de coisas
de grande trato,
me faço de esconder
entre quatro paredes,
duas luzes
e uma cama sonolenta,
de palha pura.
Prá isso vim parar aqui.
Prá alertar os incautos
nunca nasçam num berço
sem dono:
você vira bólide perdido
que se esvai pelo vale e
que de encanto não tem nenhum.
E por isso
é bom dizer:
não é hora para remediar,
não é hora de três quartos,
nem de meia vesga.
O agora é hora
do tempo.
Se ele for seu dono,
passivo seja no andar.;
se não tiver escravidão
seja dono de você mesmo.
Mas procure dentro das
mestras luminosas
o cordão mágico, e
que jamais faça você nascer,
principalmente se estiver
perto de Saturno,
os de dez anéis,
os de dez agonias!
Se bem é verdade,
se bem quero toda verdade!
Se já nasci coroado
ou fui fruto do alado?
A verdade quero toda
mesmo que seja tola,
mas que seja verdade
sem nenhuma piedade.
Se nasci fruto disso
ou fruto daquilo.
Sei só que só fiquei
abandonado no mundo
correndo
de gente prá todo lado
esbaforida
e correndo.
Mas é difícil achar
esta tal de verdade
porque nem todos tem acesso
ao livros mágico dos duendes
possessos!
E assim vou vivendo
mesmo não querendo!
Uma hora aqui,
outra ai.
Procurando meu par de corrente
que me colocou no mundo
sem ao menos perguntar:
Iso é coerente?
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