O mar hoje estava tão quieto, tão triste, o tempo sem graça, o dia todo sem tom.
Acho que além dele sentir falta do mar, o mar sente falta de suas carícias nas ondas.
As carícias que o mar tanto precisa.
Cada onda é como se fosse um carinho delicioso apaixonado.
Acho que todos fazem, mas só alguns sabem como excitar esse movimento do vai e vem.
O mar e suas ondas sabem fazer amor com as pernas de quem sabe se jogar a ele.
Quando ele olha é como se o sentisse, como uma louca e deliciosa sensação de vertigem e falta de juízo, mas ao mesmo tempo de medo e de contemplação aos deuses que regem essa dádiva que é o mar.
