----- O vocabulário grosseiro, também em palavra escrita, arma repulsiva que aplico face a situações que se lhe equivalem, não faz parte da minha índole nem tão pouco o utilizo com frequência. Só nos casos em que me sinto ofendido com propósitos maldosos, é que naturalmente reajo e, sob o aguilhão inesperado, atiro-me, como é hábito dizer-se, com dentes, língua e tudo. Todavia, reconheço que um oportuno voltar de costas acompanhado dum perspicaz silêncio é a melhor solução para superar os diferendos que se aguçam em demasia.
----- Aqui na Usina as provocações profusam-se e o risco de embalar em descalabros é assaz iminente, pelo menos para carácteres e feitios que tendam a ferver em pouca água. Para mim, em escrita, desconhecia que a táctica de enervar a concorrência (eu pensava que se tratava de confluência)resulta tanto ou melhor do que no futebol, já que o treino na função e entre um colectivo de duvidoso nível, requer alguma experiência em tão obscuras lides.
----- Afinal, concorrência para quê? Honrará e contentará obter a aparência dum excelente resultado sobre acções de autêntica e descarada fraude através de golpes baixos? Também aqui me deixei ir no carrinho, primeiro, por distração, e depois porque sou em princípio um pouco teimoso. Em todo lado que de novo nos aparece se anda e continua sempre a aprender.
----- Equacionado o busílis e constatadas as minhas culpas, apraz-me referir a benigna intervenção da minha Amiga Milene Arder, mais uma vez subtilmente a aportar remédio para a doença do cais, pacificando-me a alma e oleando-me o travão.
----- Às vezes uma palavrinha doce... Move exemplo de velho para prática jovem e promove excelente lição de vida.
----------------- Torre da Guia ------------------