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 | Infanto_Juvenil-->Barrão e borrão -- 26/09/2013 - 01:00 (Brazílio) |  |  |  |  |  |
 | Barrão e borrão 
 Receber visita em casa, ainda que por uma passagem breve, era de nos
 
 deixar de cabeça leve. Mesmo que viesse a faltar a cobiçada fatia de
 
 bolo - por falta do tempo, ou da farinha - consolo já tinha. Sentar-se na
 
 sala em meio à gente grande: ouvir-lhes a conversa, muitos daqueles
 
 assuntos eram sonora novidade e ficar observando trajes e trejeitos
 
 para comentar depois, na surdina, a três, quatro, ou a dois...
 
 E foi numa tarde de sábado ou domingo que, nos remotos rincões do
 
 vilarejo do Brumá, mal retornávamos de um passeio ao campo, eis que
 
 no portãozinho de nossa casa nos deparamos com um antigo amigo de
 
 papai, que vivia em São Paulo, o Barrão que pelo traje - sem sacanage,
 
 ou Bocage -tava mais para Baron, todo enfarpelado em seu terno
 
 marrom, porejando confiança e abastança.
 
 E nos refestelamos na expectativa de um papo prolongado, mas mal
 
 nos acomodamos nos sofás e cadeiras, e de repente, sentiu-se no ar
 
 aquele odor repelente. Das narinas, o mal-estar começou a se espalhar
 
 e o que seria prosa gostosa, se esboroou no empestado ar, em meio à
 
 desconfiança sem meios de aos alheios o dedo apontar.
 
 Com a partida prematura - e rápida - do Barrão, e de um amigo que o
 
 acompanhava, foi só quando fui ao banho, estranho, que descobri onde
 
 a merda estava. Mas roupa suja em casa se lava.
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