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 | Infanto_Juvenil-->A lamparina -- 10/09/2013 - 04:47 (Brazílio) |  |  |  |  |  |
 | Quando era cortada a eletricidade, o que não raro - ou mero raio - acontecia, a 
 lamparina era quem nos socorria. Velas, até belas, de Santa Rita, já havia, mas
 
 neca delas, quando no escuro, apalpando a gaveta, vazia se a sentia.
 
 A hora era, sem espera, quase quimera, da luz vera. E exalando querosene,
 
 bruxuleante, ei-la lá, lamparina exultante. Seu pretume, sua forma desengonçada,
 
 seu pavio desgrenhado, o cheiro nauseabundo, era tudo perdoado por aquele
 
 momento iluminado.
 
 E a vantagem é que nenhuma ação de firmar a vista era permitida, dali, neca
 
 de dever de casa, escrita ou leitura sob aquela humilde vilegiatura. Tempo pras
 
 brincadeiras, de projetar na parede tenuemente alumiada as sombras das mãos,
 
 fazendo macacada, ora um cão, ora outra pataquada. Até nos pegar o sono, da
 
 noite dono.
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