Usina de Letras
Usina de Letras
16 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63294 )
Cartas ( 21350)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10703)
Erótico (13595)
Frases (51823)
Humor (20189)
Infantil (5621)
Infanto Juvenil (4961)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141333)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1967)
Textos Religiosos/Sermões (6365)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Infanto_Juvenil-->A VITÓRIA DA DOÇURA -- 17/01/2010 - 21:10 (Vera Linden) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A VITÓRIA DA DOÇURA

Tanta doçura enjoa!
Disse o homem de coroa,
Julgando-se um grande rei
E o próprio dono da Lei.

Prefiro o Sal,
Não me levem a mal.
Um bom prato salgado,
Com coentro misturado!

Assim foi feita a vontade,
De sua suprema majestade.
O cozinheiro muito leal,
Obedeceu a vontade real.

Mas, quem diz tudo o que quer,
Deve suportar o que lhe vier.
O pobre cozinheiro apaixonou-se
E todo o seu equilíbrio foi-se.

Suas mãos trêmulas de paixão,
A mente em caos de furacão,
Fez uma comida tão salgada
Que deixou a rainha adoentada.

E o rei com a língua em tortura,
Sentiu até uma tontura.
Gritou como se louco fosse:
Pelo amor da Santinha, um doce!

Uma velhinha que vendia rapadura,
E abominava o rei e sua salgada ditadura,
Foi logo a sua porta se apresentando.
Com muita coragem entrou e foi falando:

Para quê, ó rei desalmado
Fazer o povo viver neste salgado ?
Não sabe que a gente precisa de doçura,
Da carinhosa proteção que cura?

O rei confuso e abismado,
Ficou em choque e traumatizado.
Como podia a frágil velhinha enfrentá-lo?
E com tanta fibra criticá-lo ?

Caiu em si e muito envergonhado,
Não se sentiu injuriado.
E prometeu ser um rei justo e fiel
Ao povo, para quem havia sido tão cruel.

Mas, implorando pediu piedade,
Precisava um doce a toda velocidade.
Por favor, boa velhinha, uma rapadura
Para livrar minha língua desta agrura!

Só quando assinar o documento, o papel
Com registro e carimbo de seu anel!
Disse a velhinha-cidadã, toda empertigada.
Pois, pelo mau-rei temia ser enganada.

Muito rápido, chamou o ministro e falou,
Que com a anciã tão sábia,se impressionou.
Assinaria logo um decreto,
Para todos verem, nada secreto.

Assim, a soberba foi vencida pela valentia
De uma pobre velhinha, que só queria
Vender honestamente, as suas rapaduras
E com doçura vencer todas as amarguras.

Vera Linden - 17 de janeiro de 2009

Domingo, após uma baita tempestade no sábado.














Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui