Não entra nada na cabeça
do menino.
A professora bem que se
esforça...
Ela aperta, espreme, torce,
gira, prende, solta...
Mas o que ela não sabe
é que a cabeça do menino tirou férias,
pegou um foguete e foi à Lua.
A professora fala, fala,
fala e nem percebe
que o menino está em
plena viagem de ida.
De repente, a professora
deixa de lado a fala mansa
e esbraveja:
─ Oh, menino, cadê você?
─ Aqui em cima, prô.
Feliz da vida,
plantando sonhos,
colhendo rimas,
aprendendo
do meu jeito.
Pode ter certeza.
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