Enquanto isso, em outro lugar, um príncipe tentava despertar a Bela Adormecida. Ele já tinha tentado de tudo quanto era jeito. Já tinha beijado; beijo selinho, beijo estalinho, até beijo de língua! E nada da preguiçosa acordar. O coitado do príncipe já estava pensando em ir sozinho à festa, quando teve uma brilhante idéia. Pegou um balde, encheu de água fria da torneira e... bem, vocês podem imaginar o que fez depois!
E no castelo da Cinderela, então! Como tinha parado com o regime que estava fazendo, as gordurinhas a mais nos pés não deixavam que sua sandália de cristal servisse direito. Não entrava de jeito nenhum.
- Essas dietas da televisão, hein! - Dizia ela – Juro que não compro mais esses produtos que só enganam a gente. Vou é reclamar no PROCON!
Nesse momento o telefone toca e ela ouve a voz da Branca de Neve:
- Oi Cindi, você vai à festa?
- Vou sim, e você?
- Pois é, estou te ligando para pedir uma carona. Os sete anões saíram com o carro e até agora não voltaram. E eu não quero chegar atrasada na festa.
- Tudo bem, só que eu estou indo de carro-de-boi, porque ontem à meia noite a nossa carruagem virou abóbora e o príncipe esqueceu de chamar a fada para consertar.
- Mas, de carro-de-boi?
- É, e quem vai puxar é o Boi Bumbá. A gente já falou com ele e está tudo acertado. Como ele conhece bem o caminho, não terá problemas em me trazer sozinho se por acaso o príncipe virar um sapo. E se você quiser vir com a gente, melhor.
- Mas cuidado com as bruxas malvadas, hein!
- Ah, não se preocupe, eu não sou muito chegada em maçã...
- Então vocês passam pra me pegar aqui?
- Claro! Daqui a pouco. Não podemos sair muito em cima da hora. Você sabe como são os congestionamentos à noite, ainda mais em horário de verão...
- E em véspera de feriadão! Então até mais, Cindi, um beijo!
- Outro, e até daqui a pouco!
O Bumba Meu Boi chegou atrasado e disse que tinha pegado um baita engarrafamento no centro da cidade. A Cinderela e o seu príncipe subiram no carro-de-boi e seguiram os três a caminho da casa da Branca de Neve.
