Vento sonha alto;
Carneirinhos
Correm num pasto azul.
Vento vem ver
Um carneirinho desgarrado
E toca e tange,
Sopra,
dá banho
E o carneirnho
Já bale bem
próximo do rebanho.
O vento tem zelo,
Recolhe um novelo
E costura um sonho
Na límpida lã,
Resgatada no pasto
Azul de hortelã...
Os carneiros procuram
O teu ser
Na chuva,
[ O rebanho chove agora.]
entre as nuvens
que estavam no céu...
Pastor vento aquieta,
Olhando para
Um léu,
No encoberto tempo,
O vento sonha tão
Baixo, rasteiro,
Fazendo carneirinhos de papel.