Um cidadão russano, naturalmente de poucas letras, ao tempo em que exercia a vereança na cidade cearense de Russas, em campanha política, subiu ao palanque para pedir votos para o seu candidato. O comício estava sendo realizado no lugar Flores , com a presença, também, de eleitores do lugar Patos .
Para simplificar sua saudação, disse: Povo das Fulores cu os dos Patos .
Traduzindo em miúdos ele queria dizer: Povo das Flores, com os de Patos ".
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Uma figura folclórica da terra de Dom Lino, era o Zé Temotéo. Quase todos da minha geração conheceram esta figura que, ao receber uma esmola , dava uns pulinhos. O Zé Temotéo era mais conhecido do que arrastado de pinico.
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Outra , que foi comentário na cidade na época, aconteceu no “Atlântico Bar”.
Ali chegando uma pessoa bastante conhecida, juntamente com um amigo que visitava a cidade, pediu que fossem servidas duas doses da "branquinha".
É bom que seja dito que ele era proprietário de uma fabriqueta de aguardente.
Atendendo à solicitação o proprietário do bar, serviu uma dose da verdadeira aguardente de cana para o amigo, e para ele (dono da fabriqueta) uma dose da cachaça de sua fabricação.
Ele olhou para o dono do bar e simplesmente disse: “você é muito do escroto ! “
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Circulou pela cidade, na época, que um cidadão muito conhecido do povo russano havia dito, certa feita , com relação à tão falada energia de Paulo Afonso, que é gerada pelo movimento das águas, que no dia em que Russas fosse iluminada por essa energia, ele mandaria retirar os pneus de uma bicicleta, e andaria pelos fios de alta tensão.
Pelo visto, ele não acreditava mesmo nessa energia.
Só que, pouco tempo antes da inauguração nesta cidade, o referido senhor veio a faleceu.
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Outra, foi relacionada a uma viagem que ele faria no automóvel de Matoso Filho a Fortaleza.
Nesse tempo, eu trabalha na firma, quando meu tio mandou que eu fosse até a residência deste cidadão e o avisasse que a saída para a Capital dar-se-ia por volta das 7 horas da manhã.
Como resposta, disse: “Diga ao Matoso que na hora prevista estarei de atalaia”.
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Nos idos de 1949, não existindo estabelecimento bancário nesta cidade, a firma de Matoso Filho usava um papel comum nas demais cidades. Recolhia durante a semana, numerário das firmas: Casas Pernambucanas, J. Maia & Cia, além de outras e, efetuava pagamento dessas firmas em bancos da Capital, ou em estabelecimentos comerciais.
Quase sempre eu era o encarregado de recolher essas quantias.
Certa feita, fui até a Casa Nova e apresentei a um dos sócios, um vale assinado por Matoso Filho, e pedi para que ele desse um jeitinho de trocá-lo.
Imediatamente, ele respondeu: “jeitinho só se for nos quartos” . E fez o gesto.