PENSANDO BEM. Algumas pessoas ainda não se deram conta de que a virtualidade é apenas uma questão de máquina, de tecnologia. Tem gente abusando do termo, e fazendo de conta que também é uma “pessoa virtual”, sem compromisso com a realidade. Essas pessoas, confundem espontaneidade com autenticidade, e, aproveitam-se do relativo anonimato em que se encontram para vomitar ironias sem endereço certo e para escrever em causa própria, muitas vezes para satisfação individual. Virtual, na verdade, são suas convicções, são seus conceitos, os conceitos que fazem de si mesmo, como se o mundo começasse e terminasse na tela de um computador.
Antigamente, essas pessoas faziam isto no banheiro de casa, sempre que estavam sozinhas. Agora, o que faziam no banheiro, escondidas, estão trazendo para as telas das páginas eletrônicas. Um pouco de humildade, de sinceridade e menos rancor e ódio não fazem mal a ninguém.
É por essas e outras que razões que o Ariel Sharon e o Bush, como tantos outros, aparecem como donos do mundo, como os únicos que sabem e os únicos que fazem as coisas certas. Não estou me referindo a nenhuma pessoa específica. Mas, há tempos, já tive a oportunidade de identificar casos da espécie.
A palavra de ordem é sinceridade. Chega de tentar rotular as pessoas. Se um usineiro é bom em filosofia, outro o é em literatura. E haverá, por certo, milhares e milhares de outros melhores, em milhares e milhares de outras coisas. Principalmente as coisas mais importantes, que são, entre outras, as virtudes de cada um, que, por sua vez, são, na verdade, bênçãos de Deus.