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Primeiro,comecemos aprendendo o que significa essa palavra.De onde vem?
Sabemos que o trabalho dignifica o homem.Sabemos também, e concordamos,que quem inventou o trabalho não tinha o que fazer.
Mas,o diabo é que depois que fica nobre e digno o homem não quer mais trabalhar.Lembra-se dos nobres de antigamente,querido leitor?Aqueles romanos, portugueses e franceses que viviam no” dolce far niente “e não queriam nada com a hora do Brasil;mesmo porque,nem existia Brasil,né?
Mas,eu e você tínhamos que queimar a pestana fazendo trabalhos sobre eles.
Pois,para ser nobre de verdade naquela época,o sujeito tinha que viver no bem bom;trabalho é coisa de pobre,argh!Castigo para escravos.
Por isso, os nobres inventaram o ócio.Premio dos deuses para seus escolhidos e deveria ser gozado sem culpa e com dignidade.”Otium cum dignitate”
Mas,é claro que para manter esse status de parasita,teria que haver uma criadagem ativa e,para administrar seus bens havia os procuradores e capatazes,gente mais realista que o rei,ou seja,pegava pesado com os serviçais.Alguns procuradores procuravam também para eles,que ninguém é de ferro e,assim,as casas nobres iam se desmantelando,afundadas em dívidas,pois,como diziam os antigos:”de onde se tira e não se bota...Bem,vocês,leitores inteligentes,adivinham o resto.
Graças a isso,os nobres começaram a precisar fazer transações comerciais com os plebeus.
Mas,tais transações eram malvistas,humilhavam as casas nobres,eram vergonhosas,pois significavam a negação do ócio.”nee otium”.
Eis ai a origem da palavra “negócio”,cuja filha negociata,nossos políticos tanto adoram.
