Os dois cumpadres pitavam o cigarrim de paia e prosiavam. Um deles pergunta:
- Ô cumpadre, cumé que chama mesmo aquela coisa que as muié tem (faz um sinal com as duas mãos), quentim, cabeludim, que a gente gosta, é vermeia e que come terra?
- Uai...quentim... vermeia..? A gente gosta? Uái sô, só pode ser xoxota. Mas eu num sabia que comia terra, sô!!
O outro dá uma pitada no cigarro:
- Pois come, cumpadre. Só di mim, cumeu treis fazenda.
Diproma!
O velho fazendeiro do interior de Minas está em sua sala, proseando com um amigo, quando um menino passa correndo por ali.
Ele chama:
- Diproma, vai falar para sua avó trazer um cafèzinho aqui pra visita!
E o amigo estranha:
- Mas que nome engraçado tem esse menino!! É seu parente?
- É meu neto! Eu chamo ele assim porque mandei a minha filha estudar em Belzonte e, depois de 4 anos, ela voltou com ele!
Traição À Mineira!
O amigo chega pro Carzeduardo e fala:
- Carzeduardo, sua muié tá te traino co Arcide.
- Magina!! Ela num trai eu não. Cê tá inganado, sô.
- Carzeduardo! Toda veiz qui ocê sai pra trabaiá, o Arcide vai pra sua casa e prega ferro nela.
- Duvido! Ele não teria corage.....
- Mais teve! Pode confiri.
Indignado com o que o amigo diz, o Carzeduardo finge que sai de casa, sesconde dentro do guarda-roupa e fica olhando pela fresta da porta.
Logo vê sua mulher levando o Arcide para dentro do quarto pra começar a sacanage.
Mais tarde, ele encontra com o amigo, que lhe pergunta o que houve..
E então, o Carzeduardo relata cabisbaixo:
- Foi terrive di vê, sô!... Ele jogou ela na cama, tirou a brusa... e os peito caiu... tirou a carcinha... e a barriga e a bunda dispencaro... tirou as meia... e apariceu aquelas varizaiada toda, as perna tudo cabiluda.
E eu dentro do guarda roupa, cas mãos no rosto, pensava: