POR QUE O R?
Heleida Nobrega, 2005
Ele se aRRasta, se enRola em tudo e em todos, de um jeito tão faceiRo... tão soRRateiRo. SoRRi, gaRgalha, choRa, deRRama gRossas lágRimas. QueR sempre o melhoR, poRtanto: espeRneia, Rosna, Range os dentes ou até a dentaduRa. AdentRa qualqueR poRta, impõe Respeito, abRe caminho para a cRedibilidade. Flexiona-se diante de qualqueR oRação. DespeRta o espíRito frateRno. EmbRenha-se no centRo do foRte. AtRavessa e enteRnece o coRação. EnRola-se no abRaço. Faz ecoaR sons gRaves dos tamboRes da vida, tanto quanto o bateR caRinhoso das asas que voam, boRboleteiam sobRe a natuReza. Dá movimento e coR à primavera. FeRve no caloR. Ilumina o veRão. Recolhe folhas maRRons e veRmelhas no outono. ARmazena eneRgia no inveRno. Reúne no santuáRio da igReja, bem peRtinho de CRisto cRuxificado, de MaRia e do EspíRito Santo, outRas almas Repletas de ‘Rs.. E como se não bastasse, tece fios de ouRo e pRata na tRama antRoposófica do pensaR, sentiR e quereR. E tudo se tRansforma em haRmonia.
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