SOMBRA REVOLTADA
Heleida Nobrega, 2004
A vidraça colorida
Vista à luz da lamparina
Emite tênues raios de luz
Sobre a silhueta franzina
A cadeira que a abraça, balança
Pende o corpo que se arca
Diante da visita inoportuna,
Que sorrateira, entra pela soleira
Prisioneira da solidão
Desdenha a abusada companhia
Que corre, corre... e desvia
sem nenhuma comiseração
Ligeira, a velha alcança
A sombra curva e alvorotada
Bate-lhe mil vezes com a bengala
E esconde o corpo na ESCURIDÃO!
|