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Humor-->A herança maldita, cap. 1 -- 19/12/2001 - 10:41 (Flavio Costa Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dr. Bernardo era um homem extremamente rico, porém de idade bastante avançada e sua saúde já estava muito debilitada. Durante sua vida teve sete filhos, frutos dos casamentos com sete mulheres diferentes, e cada um nasceu com a personalidade da respectiva mãe, o que desgostou muito ao Dr. Bernardo, uma vez que nenhum deles teve vontade, capacidade ou honestidade para seguir seus negócios. Como sua morte estava próxima, chamou seu advogado para fazer o testamento, fizeram a uma lista dos herdeiros da sua imensa fortuna feita a partir de seu suor e sangue, eram os sete filhos legítimos. Caso houvesse algum empecilho e nenhum dos sete pudesse receber a herança, seu sobrinho Marcelo seria o seguinte, e em caso da impossibilidade deste, então o dinheiro serviria para construir uma fundação beneficente.

Marcelo, filho da irmã do Dr. Bernardo, era o único membro da família que trabalhava nas empresas dele, e este nunca escondeu seu desejo de que o sobrinho continuasse a frente dos negócios após sua morte. Havia comentários maldosos e venenosos que diziam que o velho gostava demais do sobrinho, muito além da conta, que era até mesmo mais queridos que os próprios filhos, provavelmente porque ele também era seu filho, uma vez que sua irmã era totalmente devotada a ele, mas isto ninguém ousava nem insinuar para o velho, nem mesmo seus filhos legítimos.

Marcelo receberia a herança somente se os sete filhos legítimos do Dr. Bernardo morressem, fato este que não entristeceria de forma alguma o velho, muito pelo contrário, ele adoraria que seu império industrial ficasse nas mãos do suposto sobrinho. Um dia, Dr. Bernardo insinuou a Marcelo que de forma alguma ele gostaria de morrer sabendo que seu império construído em vida, fosse totalmente destruído poucos anos após sua morte, e sorriu maliciosamente para Marcelo, que sabia totalmente do conteúdo do testamento.

Lucrecia era a filha mais velha, invejosa por natureza, era do tipo que matava qualquer planta com um simples olhar, sempre foi solteira, não por opção mas devido ao fato de nenhum homem ter tido a coragem de encarar aquele fetiche de macumba ambulante. Vivia sozinha em um excelente apartamento de um grande condomínio, lugar onde o síndico, funcionários e moradores detestavam a mocréia, e se pudessem vê-la longe, de preferência morta, fariam a maior festa no mesmo.

Giovanna, a segunda filha, mulher fútil e extremamente vaidosa, passava os dias inteiros em casas de beleza, academias e cabeleireiros. Seu esporte favorito era roubar o marido das amigas, para depois despreza-los, o que lhe gerou um número enorme de inimigas.

Vitor, o terceiro filho, sempre foi um encrenqueiro, lutador de jiu-jitsu e criador de pitchbull, tolerância zero com qualquer pessoa, costumava brigar pelo menos duas vezes por dia, o que fez com que fosse criado um clube para tentar acabar com sua gangue.

Maria, a quarta filha, era casada e ninfomaníaca, vivia para fazer sexo, se não conseguisse pelo menos três diferentes amantes por dia não se satisfazia, seu marido sabia de tudo, mas como era um bêbado e fraco, fazia de conta que não via as traições dela.

Ricardo, o quinto filho, era ganancioso e inescrupuloso, fazia qualquer tipo de negócio ilícito, por dinheiro e poder vendia até a própria mãe, e entregava sem remorso algum. Este era o motivo de seu pai nunca permitir que ele trabalhasse em suas empresas.

Paulo, o sexto filho, era um gordo obeso de quase trezentos quilos, nem conseguia mais ficar de pé, a única coisa que pensava era comida, comia o dia inteiro.

João, o sétimo filho, era um preguiçoso ao extremo, qualquer coisa que desse trabalho e ele estava fora, só queria sombra e água fresca, de preferência servida por um garçom, junto com um baseado ou qualquer droga disponível.

Sentindo-se doente, Dr. Bernardo foi ao médico e após alguns exames constatou que possuía um câncer incurável e o que restava de vida nele acabaria em poucas semanas. Sem outra alternativa, chamou seu sobrinho Marcelo e contou a verdade de seu nascimento. Ele não era filho de um incesto dele com sua irmã, mas um clone gerado a partir do próprio Dr. Bernardo e que a irmã aceitara gerar em seu ventre.

A partir desta informação, o velho mostrou seus planos para que Marcelo ficasse com toda a herança. Ele nunca mandara matar os próprios filhos porque nunca teve coragem, afinal eram carnes de sua carne, mas seu clone poderia fazer isto sem remorso. A cartada final estava lançada.
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