Seu menino, pra seu governo, não tem coisa pior no mundo do que matuto besta passar três meses em São Paulo e voltar cheio leguelé, etc. e coisa e tal, chamando macaxeira de aipim, jerimum de abóbora, sapo pra ele é perereca e chuva fina é garoa.
Felisberto filho de Antonio da Dora morador lá nos Paus Branco é um desses cabras bestas. Foi a São Paulo num ônibus deu uma passeada pela rodoviária voltou noutro. Sentindo-se em casa, partiu para alimentar o vício e resolveu comprar cigarros. Dirigiu-se à bodega do Senhor Antonio Lopes pediu um maço de cigarros.
Seu Toinho lhe entrega um pacote. O otário recusa dizendo: Olha, eu pedi um maço e não um pacote.
Seu Toinho em sua santa paciência pergunta: Ah! Já sei você quer uma carteira?
O vagabundo mais esnobe ainda, responde: Toinho carteira é para conduzir cédulas. Eu quero mesmo é um maço de cigarros
Neste momento seu Toinho perdeu as estribeiras. Olha para o broxote já meio raivoso, e com dedo indicador apontado para o nariz do Mané diz. Preste atenção seu moleque, eu não lhe vendo mais cigarros, seja carteira, maço ou pacote. Você vai fumar noutro terreiro, não na minha bodega.