Obra de autor desconhecido repousa insuportavelmente tranqüila, no passeio da rua secundária ao lado da praça de grama bem cortada. Obra bem feita, satisfeita moralmente perfeita em sua consciência fecal, de origem inconfundível. Quadrúpede nenhum poderia ser culpado de tal obra, pois ela só não tinha consigo o nome do seu autor, mas os seus traços revelavam o tipo de escultor. Obra petulante, vexatória e nojenta, aguardando paciente um calçado que a leve mais adiante, e assim revelasse a que ela veio, repousada desaforadamente naquele passeio. Não tardou e um pesinho distraído a espalhou, e seu destino de merda se cumpriu.
Puta que pariu como fedeu...