Eu tinha quatorze anos
E um amigo de dezoito
Que dizia para mim,
Meio aflito e afoito,
Fitando-me no olhar:
- Já é tempo de molhar
Seu ressequido biscoito.
Vá logo fazer um coito
Nem que seja numa égua,
Procure-a na invernada
Ande até uma légua,
Depois suba num barranco,
Sob o rabo dê lhe um tranco,
Enfie nela a régua.
Sequer eu tive uma trégua,
Tamanha a minha gula,
Botei o mais grosso lápis
Na coisa chamada chula,
Mas meu prazer todo foi-se,
Ao tomar aquele coice
De duas pernas de mula.
BENEDITO GENEROSO DA COSTA
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