Se a menina aparece grávida, cansei de avisar, que aquela sua amiga não prestava, não adiantou, ta vendo no que deu, eu num falei, e olha no que deu! Vai lá, continua andando com ela! Desde quando ela entrou aqui,eu não fui com a cara dela, cansei de avisar!
Se o menino bate o carro, cansei de avisar, que esse pessoal não prestava, tudo vagabundo, maconheiro, cachaceiro, no mínimo incentivaram.Deviam estar todos, bêbados ou maconhados! Eu nunca fui com a cara deles, desde quando eles vieram aqui,eu cansei de avisar!
O corpo é de quem?
O carro é de quem?
A culpa de quem?
Hoje, eu morro de rir da minha família, com todo respeito, claro...
Um dia, numa festa, cheguei pertinho dos ouvidos,dos meus tios e tias (radicais caretas)– E falei, bem baixinho... – porque, vocês mentiam pra mim, quando eu ia para uma festa ou noitada?
Eles ficaram sem entender nada.
E, eu disse – toda vez, que eu ia pra gandaia – vocês falavam – não bebe no copo de ninguém, não deixe o seu copo sozinho em cima da mesa, nunca deixe o refrigerante destampado. Cuidado!!! – tem gente que põe bolinhas no copo, dos outros, e você fica doido...
E, eu ficava doido para alguém por essas tal bolinhas no meu refrigerante, deixava o refrigerante na mesa destampado, punha ele na mesa dos outros, na esperança de ficar doido, e ninguém punha nada, ainda tomavam o meu refrigerante.
E, eles,começaram a rir.
Autor: Marco Túlio de Souza
Todos os direitos reservados ao autor.
Nota: quando eu sito a palavra “Careta”, estou dizendo de idéias e vida.