Não deixem manchas, porque têm algumas que não saem.
Em tom de paz, eu peço a vocês, que ainda são honestos ou parecem ser.
Esqueçam os partidos, as vaidades, os narcisismos e os egocentrismos.
Sentem em uma mesa qualquer, sem esses paletós caretas.
Experimentem um Jeans.
Calcem um tênis ou andem descalços.
Joguem videogames ou uma partida de botão.
Se a casa caiu! Alguém tem levantar outra.
Com roupa simples, mas bem lavada.
Lembrem das suas mães ou pais, que já se foram ou estão aqui.
Cara! Vocês têm filhos que irão carregar pro resto da vida o passado de vocês.
E se for de lama, é muita sacanagem...
A barra tá pesada?
Eu sei.
Cara, hoje a coisa mais difícil neste país é votar.
Até o futebol, tá ruim...
Tá uma onda de pessimismo danada.
Na padaria, no jornaleiro, no barbeiro, no bar, na rua em todo lugar, o povo apreendeu umas palavras e frases terríveis como; indignação, ladrão, “todo mundo rouba”.
Cara! Tem que ter alguém nesse meio que goste de política, com índole (que palavra boa).
O Severino já foi embora, o Jefferson, e outros também vão sair.
E daí! Se eles mentiram e nos enganaram.
Tudo bem! A gente se decepciona até com gente, que a gente conhece.
Se não der para usar jeans, lavem os ternos.
Repensem valores.
Mostrem para os seus filhos e deixem para os seus netos uma lembrança que eles possam se orgulhar.
Não deixem manchas, porque têm algumas que não saem.
Autor Marco Túlio de Souza
Todos os direitos reservados ao autor.