Na década de oitenta, trabalhava eu como juiz de direito na prestigiosa Cidade de Colatina, norte do Estado do Espírito Santo, quando um caso interessante aconteceu. Um cidadão desapareceu da cidade e muito tempo foi passado sem que desse qualquer notícia. A família saiu à sua procura, até que um dia um de seus parentes telefonou de Vitória informando que o corpo do desaparecido estava numa geladeira, aguardando identificação, no Departamento Médico Legal da Capital. Diante da notícia, familiares do desaparecido foram à Capital e, por serem pessoas absolutamente iguais, chegaram à conclusão que o morto era o parente desaparecido. Foi então feita a identificação do morto pelo reconhecimento de seus familiares. O corpo foi levado para Colatina, aconteceram as cerimônias de praxe e por fim foi enterrado. Passados alguns meses, era tarde da noite quando o desaparecido chegou de corpo e alma e ao chegar em casa provocou um enorme susto na família, que naquele momento achou que ele havia r ressuscitado. A maior dificuldade surgiu depois, porque no Cartório era dado como morto, razão pela qual precisou ingressar em Juízo para restabelecer o seu registro civil. Você já pensou quando uma pessoa morre, é enterrada na presença de todos os conhecidos e, logo em seguida, chaga como se estivesse voltado a viver ?