Numa entrevista na TV à mãe de uma daquelas lindas meninas que tiveram sucesso, sem se saber bem o porquê, tem o seguinte diálogo com a apresentadora:

- Dona Josefa, como é que a senhora vê o sucesso da sua filha?

- Ora! Isso não é para quem quer, é para quem pode!

- Mas como é que ela pode do nada acumular um patrimônio tão grande?

- Olhe, quem pode é porque pode, quem não pode... Não sobe!

- E a popularidade dela? Como é que a senhora explica o fato de ela ser tão popular?

- Já disse. Ela pode... Ela pode muito!

- Eu não duvido da capacidade da sua filha, mas a senhora poderia ser mais objetiva?

- Eu já disse. Ela é o que é hoje porque ela pode!

A repórter, percebendo que não conseguia mais nada dali, deu a entrevista por encerrada e agradeceu:

- Muito obrigada por tudo, minha senhora. A entrevista foi muito elucidativa e foi um prazer conhecê-la!

- De nada, minha pilha!

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CARLOS CUNHA/o poeta sem limites

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