De português, eu conto aquela
em que um sujeito lhe diz:
-Sua mulher, meiga e bela,
trai você diante do nariz,
pois tem outro homem com ela
e que a faz muito feliz.
-Onde este cafajeste mora?-
Pergunta-lhe o português,
e o rapaz, sem mais demora,
responde-lhe por sua vez:
-Ele está aqui agora,
pois sou eu este seu freguês.
Com sotaque e voz pacata,
fala o portuquês: -Eu mereço!
Minha sorte não é ingrata,
portanto não me aborreço;
de outro homem não se trata,
pois é o mesmo que eu já conheço.