Uma autodefinida categoria de “intelectuais” do pensamento único político-cultural, esses que continuam a fazer da história uma espécie de continuação da guerra civil por outros meios ou pelos idiotas úteis que se maravilham, ainda hoje, com uma finada URSS, considerada como o sol da terra. Atualmente, insatisfeitos com o fato de que há alguns anos atrás, o bom senso e a tolerância de alguns iniciaram a construção de um novo perído para a história brasileira, onde os próprios vencidos puderam participar da construção desse novo futuro na plenitude dos respectivos direitos cívicos e sem qualquer vingança, de forma total e irrestrita. Nesse momento, todos ganharam e se podia afirmar que não era o processo histórico que fazia o homem, mas o homem que fazia a história, mesmo sem saber que história ia fazendo. Paradoxalmente, mais de trinta anos depois, face à indiferença cívica de muitos cidadãos que, naquela época, não tinham participação política efetiva, em face do pouco amadurecimento ou da pouca idade, ou nem eram nascidos, a estória vem sendo narrada pela casta dos ex-terroristas, comunistas, etc, muitos dos quais teria sucumbido à ditadura do proletariado como colaboracionistas, revisionistas e outros tantos designativos que possam ser lembrados, como facil e fartamente seria provado nos inevitáveis processos estalinistas que os soviets brasileiros promoveriam em nome da legalidade revolucionária, se tivessem alcançado o poder pela luta armada na guerrilha da cidade ou do campo. Gramsci formou, direta ou indiretamente, a intelligentzia dominante no Brasil, sugerindo que os revolucionários comunistas não se preocupassem apenas com a conquista do aparelho de poder estatal, mas, sobretudo, com a ocupação daquilo que qualificava como sociedade civil, isto é, com os mecanismos da hegemonia ideológica, nomeadamente com o chamado poder cultural, das universidades aos jornais, do teatro ao cinema. Desde muito, os brasileiros não sabem, mas os mecanismos de formação de opinião estão dominados e a ação do patrulhamento ideológico e suas legiões de inquisitoriais denunciantes têm superado em muito a censura getuliana ou do movimento de março e a intelligentzia de esquerda assumiu-se como uma ordem monástica ou como uma seita possuidora da sua própria moral, uma comunidade idelógica à qual pertencem muitas pessoas que são apenas intelectuais de fachada, ao mesmo tempo que outros tantos sábios e letrados, por não comungarem da mesma ideologia, dela não fazem parte, isto é, não são aceitos como intelectuaisl, principalmente, pelo meio universitário e pela mídia e seus formadores de opinião interligados sob essa ordem monástica.
Obs.: Verbete de autoria desconhecida, recebido de A.A. Heckert em 8/2/2010 (F. Maier).
