"As obras da Gautama nunca ficam prontas. Adepto do budismo, Zuleido homenageou Sidarta Gautama, o Buda, ao batizar sua empresa. Entre os ensinamentos do budismo, consta que o mundo material é uma ilusão provocada pela imperfeição dos sentidos humanos. O DVD das provas sugere que Zuleido criou uma vertente nova da tradicional filosofia oriental, o cleptobudismo. Suas construções inacabadas, pontes que ligam o nada a coisa alguma, são isso mesmo: ilusão. Pobre Buda. Sobreviveu 2500 anos como símbolo de pureza e desprendimento para acabar como sinônimo de roubalheira no Brasil".
(Revista Veja, 30/5/2007, pg. 51, in "1 giga de corrupção", texto de Diego Escosteguy, a respeito do principal envolvido na Operação Navalha)
Obs.: Fazer o uso indevido do nome de pessoas virtuosas e santas não é novidade no Brasil. No episódio da "CPI dos anões do orçamento", em 1992, São Francisco de Assis também deve ter-se revirado no túmulo, ao ouvir a frase "é dando que se recebe", em que políticos brasileiros ladrões distorceram completamente o ensimento do maior Santo do Segundo Milênio (F.M.).