Em séria equação clarividente e deitando também um relançado olhar sério sobre as desgraças e as benesses do mundo actual, o que se poderá fazer para minorar em percentagem satisfatória o número daqueles para quem a vida é um autêntico martírio?
O que faz deveras a maioria dos líderes políticos hodiernos para que se obtenha uma promissora clareira sobre o mais intante dos desideratos humanitários? Visitam-se e revisitam-se uns aos outros, vivem em desmesurada pompa e lazer, sendo sobretudo de pasmar que semelhantes papagaios sofismáticos, em face de conflitos insustentáveis, comandem num ápice o esbanjamento do suor daqueles que de facto trabalham honradamente para os sustentar.
Como as coisas vão, está-se muito perto de um colapso onde, como e desde sempre, perecem os que não têm culpa alguma de tão inepta condução. Estamos chegando ao ponto em que a mortandade se apresenta como única solução possível.
Praza entretanto que me engane e a minha visão pessimista não passe de uma simples minhocada caduca.
António Torre da Guia |