Você e eu estamos os dois a ver o comportamento de um político que acabou de fazer um inflamado discurso, em nome de Deus e da humanidade, a favor das crianças e dos idosos que vão perecendo à fome entre extrema miséria.
De seguida vêmo-lo lambuzar-se com uma lauta jantarada, muito orgulhoso e em transe pelo que disse, aclamado pela multidão. A abarrotar, seguidamente mete o braço numa daquelas matronas mamudas e desaparece entre os convivas.
Sabe-se que é proprietário de mundos, fundos, ricaço-medraço, e que não dispendeu voluntariamente um só tostão com destino aos menos favorecidos.
Você e eu estamos a ver milhares de indivíduos como este e, quiçá até às vezes, fomos um pouquinho do que gajos assim são em potência.
Que pensa do desiderato? É de deixar correr, permitindo que essa cambada enegreça os dias à humanidade que padece em circunstâncias extremas?
Eles vão fazer, fazer o quê? Há séculos que andam a fazer a mesma "merda"...