Meu amor... Morro... E morria ! .;
A tua boca fascina-me...  .; Fecha os olhos... Imagina-me  .; De desejo sequioso  .; Sugando-te lascivo de prazer  .; Ofertando-te meu ser  .; Em transe voluptuoso...
A tua boca... Que gozo Que eflúvio maravilhoso... Ao percorrer-me... Domina-me... Inteiro sou erecção Pico entre nuvens... Vulcão Potro alado... Oh encrina-me  .;  .; A tua boca ensina-me  .; Abrasa-me lenta... Empina-me  .; Às raias do estertor  .; E logo todo me dou  .; Sem saber por onde vou  .; E fosse eu até em dor...
A tua boca... Oh fragor Oh lonjura multicor Oh deusa dos astrolábios... Eis-me deus em ser de nada Um cristo .;  .; da alvorada Entre setas e gládios  .;  .; A tua boca... Os teus lábios  .; Dois magníficos sábios  .; Sobre meu colo arfando...  .; Perdendo a noção do tempo  .; Ideias e pensamento  .; Corpo só... De não sei quando...
A tua boca... Olhando Meus olhos sobem voando Ao esplendor da saudade Onde as sombras se acendem E em chama viva transcendem A luz da realidade .;  .;  .; A tua boca é a chave  .; Que em loucura me abre  .; E de langor me extasia  .; Até ao cume infinito  .; Onde me encontro e grito:  .; Meu amor... Morro... E morria !...
Torre da Guia  .; |