A chuva tinha acabado de estiar,pessoas não haviam além de mim,naquela parada.
A luz do poste acesa piscava intermitentemente, querendo se firmar,quando os meus olhos depararam com aquela visão molhada, a entrar na minha vida sem avisar.
Ela estava ali, com a sua camisa, em malha branca e os seus seios frívolos a chamar.
Não tinha como fugir, tinha só que ousar, pois a minha boca enchia de água desejosa.
Eu te queria ali,sentir os teus lábios vermelhos, mordiscar a tua nuca, as tuas pernas...
Abusar do teu cansaço, te posicionar,te sentir excitada,a despertar a fera.
A fera da mulher, que iria tirar toda aquela roupa urbana.
Naquele instante, eu queria sofrer com as tuas mãos, me viciar no teu prazer,assumir a tua alma e não te deixar respirar... Não te deixar respirar,não te deixar.
Viver, viver aquela odisséia, aquela paixão, que põe fogo em nossas mãos, que enlouquece os nossos atos.Ah! se isso não fosse um sonho,seria tão bom, tornar realidade.
Vem me amar...