É assim, em casa de Mãe Joana: o malandro assobia e chupa cana mas o povo é quem se dana.
A sacanagem continua e, cada dia melhor. Melhor pra ela, claro! Somente a espanhola é quem leva vantagem. Bem, provavelmente, por baixo dos panos alguém mais se aproveite. Afinal, nada acontece de graça.
Está mais que repisado o termo e o sentido mas, nunca é demais lembrar que o “privatizar” da maioria dos serviços públicos foi feito no sentido literal da palavra, tendo o substantivo feminino como base e o conteúdo como o retorno dos serviços.
Mas atenhamo-nos, apenas, ao caso específico da área de telefonia.
A empresa que se dispôs a implantar e vender, a alto custo, os serviços que propiciariam uma maior velocidade de conexão com a Internet, não vem cumprindo com o contratado. Ou, no mínimo, está deixando de agir de maneira correta, quando não abate das mensalidades, os dias (e são muitos, todos os meses) em que o sistema fica inoperante.
É conversa para lá, é conversa para cá, enrola daqui, enrola de lá e nada!
Usualmente, o problema é na sua máquina, como dizem eles. Daí, você se assusta com os possíveis custos e se acalma. Então, eles prometem a vinda de um técnico para verificar e você se entristece com a prevista demora (geralmente, dois ou três dias). Normalmente o problema se auto-soluciona, antes do previsto.
Mas pode acontecer, raramente, que o técnico chegue antes.
Daí, como não pode resolver o problema que está lá fora de sua casa, ele enrola, estica a conversa, e você acaba conseguindo “arrancar” algumas verdades.
Ele confessa que “eles” da Telefônica estão “batendo muita cabeça” para aprenderem a solucionar os problemas, apesar dos cursos feitos. Mas os empregados das empreiteiras, esses estão ficando loucos, aprendendo na base do “adivinha”.
Aí, você “saca” para cima dele que a empresa vendeu muito mais do que poderia administrar e ele sorri, meio sem jeito e desconversa. Acaba indo embora e você fica como marido de mulher em “quarentena”: “na mão”.
Por conclusão, como diria a molecada nos meus tempos de moleque, na periferia de São Paulo: Quem não tem “o símbolo do cobre” não contrata “injeção em Portugal”.
Na verdade, os termos eram outros mas entenda quem quiser.
Afinal, o sentido também foi mudado. Na prática, em casa de Mãe Joana, o símbolo do cobre é nosso e a injeção portuguesa é deles.
Carlos Gama. www.suacara.com
31/08/01 12:48:57