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Erotico-->2. PRIMEIRAS REVELAÇÕES -- 30/05/2003 - 06:39 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Lourival não tinha grandes esperanças de receber a companhia de espíritos de luz de grande benignidade, pois conhecia as leis evangélicas e os dispositivos do carma, para entender que não merecera o apanágio dos grandes momentos de bem-aventurança.

— Afinal de contas, concluía insatisfeito consigo mesmo, de algo devem valer as horas que despendi na leitura dos livros de Kardec!...

Mas havia de algo fazer naquele desconsolo, já que não poderia passar a eternidade entregue aos devaneios. E se espíritos rudes cismassem de vir acusá-lo?

Recordou-se das entidades das risotas e desejou mesmo revê-las. Pelo menos, estaria acompanhado, talvez até com recursos para entrar em bom contacto com aqueles seres que lhe pareceram tão despudorados.

Lembrou-se de todas as leituras básicas da doutrina espírita mas não logrou reanimar-se para a evocação dos protetores. Permanecia o medo das recriminações...

Nesta altura, incomodou-se deveras.

Quis esquecer os estremecimentos e afugentar algumas imagens que começavam a delinear-se sombrias e desagradáveis.

Pensou na esposa e nos entreveros que tiveram durante a vida toda. Assustou-se com vê-la arremessada sobre o cadáver, no leito hospitalar. Intentou desfazer as más impressões, mas dúvidas a respeito das verdadeiras intenções começaram a desfilar pela inteligência.

— Que sentimento de tanta dor era aquele? Será que algo fizera e que escondera e agora a apavorava, ao pensar na possibilidade das perseguições do fantasma do marido?...

Lembrou-se dos tempos de catolicismo, quando os padres os puseram um contra o outro, já que não admitia que os maus-tratos do relacionamento ficassem à mostra da curiosidade do sacerdócio voraz pelas novidades conscienciais.

Aquele dia em que resolveu esconder do padre as desavenças conjugais voltou-lhe inteiro à memória.

— Que tinha o infeliz de interrogá-lo a respeito? Também, pudera, Margarida havia relatado tudo ao coitado para insuflar-lhe piedade! Queria o perdão de Deus e jogava as culpas e responsabilidades no companheiro de toda a vida...

Recordou-se da decisão de buscar o patrocínio espiritual dos pastores protestantes e do abandono da mulher nos braços acolhedores da Madre Igreja, como ironicamente passou a tratar a doce religião em que fora agasalhado desde o nascimento.

— Que culpas estaria Margarida desejando esconder?...

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