O rei olhou para o salão. Viu centenas de brasõs de cavalheiros que foram derrotados pela sua espada. Viu dezenas de princesas – filhas de nobrs e valorosas famílias – a espera de serem cortejadas virarem a sua rainha. Viu vassalos mais vassalos prontos a se sacrificarem pela honra e dele, o maior dos suseranos. O povo o amava mais como jamais amaram outro governante.
Seu castelo era o mais inexpugnável do país. Sólido, poderia suportar um cerco séculos e séculos de cerco severo. Suas terras se perdiam nas brumas do horizonte. A câmara do seu tesouro continha relicários, tapeçarias, coroas e cruzes ricamente confeccionados, que era dignos de pertencerem ao Papa!
Seus inimigos foram derrotados e o próprio papa iria coroá-lo imperador supremo da cristandade. Seu nome irá atravessar a galope pelos reis vindouros. Enfim, era alguém de quem se poderia dizer que foram abençoado por Deus e pelo Destino.
Só que seu coração real estava triste. De que adiantava as riquezas e o poder imperial, os feudos sem-fim e as honrárias.; se ele não poderia viver os necessários mil e quinhetos anos para assitir na tela de cinema a graça com que Sharom Stone cruzaria suas pernas mostraria com arte a doce estrela do pecado que ilumina o instinto básico e selvagem da poesia…